Conquistar um emprego formal é um desafio para a maioria das pessoas com
deficiência visual. Segundo a Associação dos Deficientes Visuais do
Amazonas (Advam), que representa 651.262 pessoas (Censo 2010), entre os
argumentos das empresas para a não contratação do profissional com essa
deficiência estão a falta de aptidão do trabalhador e os altos custos
para adaptar a organização.
De acordo com o presidente da Advam, Cristiano Ferreira, há uma
discriminação grande com relação às pessoas com perda total da visão.
Ele afirma que os empregadores preferem contratar quem tem, pelo menos,
30% de acuidade visual.
"Geralmente as empresas consideram que o ambiente não está adaptado e
que o cego total não tem aptidão para exercer a atividade. Há uma falta
de conhecimento e de sensibilidade, porque o deficiente visual digita
muito bem e não precisa de rampa de acesso", afirma.
A diretora executiva da consultoria Paulo Pedrosa Headhunter &
Associados, Paula Pedrosa, confirma que as pessoas com deficiência
visual são as menos procuradas pelas empresas. Segundo Paula, as
organizações alegam que os custos para adaptar a atividade (com sistemas
operacionais em áudio, por exemplo) são elevados.
A especialista comenta que a maioria das vagas referentes à Lei das
Cotas (Lei 8.213/1991) são destinadas a pessoas com outros tipos de
deficiência. Pela Lei das Cotas, toda empresa com 100 funcionários ou
mais deve destinar de 2% a 5% (dependendo do total de empregados) dos
postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência. A empresa que
desrespeitar a Lei pode pagar multa de R$ 1.617,12 a R$ 161.710,08.
Fonte: http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=14057&canal=trabalho
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Deficiente visual cria aplicativos para superar barreiras no trabalho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário