segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Deficiente visual cria aplicativos para superar barreiras no trabalho

Conquistar um emprego formal é um desafio para a maioria das pessoas com deficiência visual. Segundo a Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam), que representa 651.262 pessoas (Censo 2010), entre os argumentos das empresas para a não contratação do profissional com essa deficiência estão a falta de aptidão do trabalhador e os altos custos para adaptar a organização.

De acordo com o presidente da Advam, Cristiano Ferreira, há uma discriminação grande com relação às pessoas com perda total da visão. Ele afirma que os empregadores preferem contratar quem tem, pelo menos, 30% de acuidade visual.


"Geralmente as empresas consideram que o ambiente não está adaptado e que o cego total não tem aptidão para exercer a atividade. Há uma falta de conhecimento e de sensibilidade, porque o deficiente visual digita muito bem e não precisa de rampa de acesso", afirma.


A diretora executiva da consultoria Paulo Pedrosa Headhunter & Associados, Paula Pedrosa, confirma que as pessoas com deficiência visual são as menos procuradas pelas empresas. Segundo Paula, as organizações alegam que os custos para adaptar a atividade (com sistemas operacionais em áudio, por exemplo) são elevados.


A especialista comenta que a maioria das vagas referentes à Lei das Cotas (Lei 8.213/1991) são destinadas a pessoas com outros tipos de deficiência. Pela Lei das Cotas, toda empresa com 100 funcionários ou mais deve destinar de 2% a 5% (dependendo do total de empregados) dos postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência. A empresa que desrespeitar a Lei pode pagar multa de R$ 1.617,12 a R$ 161.710,08.


Fonte: http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=14057&canal=trabalho

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