“Que bom ter uma cidade com acessibilidade”, dizia o refrão da música
criada e interpretada pela voz e pelo violão de Fábio Júnior de Souza,
da Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais
(Ajidevi). Fábio, que tem baixa visão, apresentou sua canção durante o
evento de assinatura da lei municipal 7.335, que estabelece obrigações e
critérios de acessibilidade em Joinville. O evento ocorreu nesta
segunda-feira (17/12), na Prefeitura. Toda a cerimônia foi traduzida em
libras pela intérprete Rute Souza.
A lei foi assinada pelo prefeito Carlito Merss e também leva a
assinatura de dez secretarias - Educação, Saúde, Habitação,
Infraestrutura Urbana, Comunicação, Fundação Cultural, Felej, Fundamas,
Ippuj e Fundação Turística. A cerimônia também contou com a presença do
vice-prefeito Ingo Butzke, secretários municipais e regionais e
representantes de entidades que trabalham com pessoas com deficiência.
Elaborada pelo Comitê Gestor Cidade Acessível, Direitos Humanos, a lei
municipaliza legislações já existentes em nível federal e internacional.
“Ela preconiza toda a acessibilidade que uma cidade tem que ter, seja
na educação, saúde, transporte, mobilidade urbana, em vários setores”,
explica a coordenadora do Comitê Gestor, Rita de Cássia Fernandes.
Na prática, nenhum negócio, comércio ou construção pode ir adiante sem
que a acessibilidade seja comtemplada. “Os alvarás vão exigir isso, e
teremos agora como cobrar, como fiscalizar. Será uma cidade totalmente
inclusiva, onde as pessoas com deficiência não sejam obrigadas a irem só
aos shoppings, onde realmente tem acessibilidade, mas que possam
frequentar o comércio de rua, porque todos nós temos direitos na
cidade”, exemplificou Rita.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com
Deficiência (Comde), Sérgio Celestino Pereira, destacou que 26 entidades
contribuíram para a elaboração dessa lei. “Ela atende a todas as
reivindicações do Conselho, está baseada na lei federal de
acessibilidade e na convenção da Onu sobre os direitos da pessoa com
deficiência. É um legado para a cidade, agora e aplicá-la e
fiscalizá-la”, disse. O Comde terá a competência para legitimar,
acompanhar, cobrar aplicação e cumprimento e sugerir adequações à
Política Municipal de Acessibilidade.
O prefeito Carlito Merss lembrou que Joinville está entre as oito
cidades brasileiras escolhidas pela Secretaria de Direitos Humanos do
Governo Federal para perseguir uma série de metas e se tornar município
referência em acessibilidade no País. Destacou que a lei foi uma
construção coletiva, o que deve garantir a sua aplicabilidade. “Essa lei
deve ‘pegar’, como dizemos, porque foi construída a muitas mãos”,
disse. E citou que as obras da Prefeitura - calçadas, parques e
construções - já seguem as normas de acessibilidade. “A frase que fica
é: uma cidade que é boa para a pessoa com deficiência é boa para todos”,
enfatizou.
Fonte: http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/3416-Acessibilidade+agora+%C3%A9+lei+em+Joinville.html
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Acessibilidade agora é lei em Joinville
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